
Espero ter um pouco mais de tempo e um pouco menos preguicinha, para fazer muitas postagens!
Amoro encantado

Sete de Janeiro de 2011


Juba jujuba

Sábado 23 de Abril de 2011 – Buenos Aires
O Argentino Nicolás Kohen tem uma ampla formação em atuação, teatro físico, bufão, clown, máscaras e movimento.
Ingresso na Artts International Multimedia Skillcentre (York - Inglaterra) onde se graduou como diretor de cinema e teatro; E da Escola Internacional de Teatro Berty Tovías (Escola de técnica Lecoq em Barcelona)
Tem atuado em teatro e cinema, na Inglaterra, Espanha e Argentina.
Atualmente atua como docente titular da Escola Internacional de Teatro Berty Tovías ao mesmo tempo em que realiza sua especialização como pedagogo teatral na mesma instituição.
Ministra cursos e oficinas de clown, Bufão e mascaras para adultos na Escola Marcelo Katz em Buenos Aires.
Driely Alves: O que é um clown?
Nicolás Kohen: um clown é... No meu modo de ver é um artista cênico onde se convergem varias disciplinas, o teatral, o circense, a rua. E esse artista se apresenta perante o publico tal qual é, sem ser um personagem. Em todo caso é um personagem que está cheio e nutrido do próprio ator que o joga, se fala muito de jogar. Então é um artista que chega ao publico tal qual é e mostrando- se buscando emocionar o publico fazendo rir, levar a delirar sonhar. É uma combinação do que é o palhaço... Eu gosto de usar a palavra payaso em castelhano, só que não um palhaço que faz uma rotina, o trabalho deste palhaço moderno também é um palhaço de teatro. E que faz rir, mas está sempre conectado com o que esta sentindo para poder a partir de ai viajar, voar, buscar desenvolver. Em nenhum momento se transforma em uma rotina fixa enquanto ele esta pensando em outra coisa.
Driely Alves: A sociedade precisa de palhaços?
Nicolás Kohen: sim, eu creio que sim. Creio que a sociedade precisa de palhaços e sempre, por isso existe. E alem disso não é de um lugar institucional, mas muitas o palhaço vem de baixo, de pessoas da rua, de meninos fazendo palhaçadas. Já as crianças fazem palhaçadas para conseguirem o amor e o olhar de seus pais. E a sociedade necessita dos palhaços que te tire do “ta- ta- ta- ta- ta e fup”. E podem viajar sonhar, entrar na poética para se conhecer ainda mais como sociedade. Podendo ter outros vôos e outras possibilidades. Creio que também necessita de bufões para ser refletida, o que anda bem e o que não anda tão bem. Creio que a arte no geral é necessária para a sociedade como reflexo e o clown me parece como uma possibilidade de reflexo e também possibilidade de este em algum momento se encontre com um clown que te tire do dia á dia, que para muitos é muito pesado. Talvez com cinco minutos de um palhaço adiante, faça bem a alguém.
Driely Alves: Você acredita na força do riso e que força é essa?
Nicolás Kohen: Eu creio que o riso é muito forte. A nível medico existem vários estudos que falam de que o riso libera não sei que endorfinas ou hormônios ou que coisas que te levantam. E existem terapias alternativas de riso-terapia, mas o riso é... Eu creio que tem um poder contagioso muito importante. O riso pode contagiar você olha para alguém com um risinho e isso vem e aflora. Você vê duas pessoas que se cruzam com um pequeno sorriso, baixa a guarda. Parece-me que o riso nesse sentido permite que um montão de coisas que estão tensionadas ou reprimidas exploda, saltem de dentro e isso faz uma espécie de, de... Sim é ritual! Eu creio que o riso é ritual. Tem um poder. Um poder contagioso e o poder te levanta, não? Quando esta para baixo e de repente vê algo que te faz rir e “fup” levanta. E eu trabalhei bastante na rua fazendo clown, fazendo rir e você vê que as pessoas saem de forma diferente. Creio que o riso pode conectar-lo com uma parte muito profunda, interna e muito luminosa. Eu me lembro de um rapaz que estava em uma cadeira de rodas e veio para me dar uma moeda, eu tirei meu nariz e dei para ele e neste momento se esqueceu de tudo, da vida que vinha adiante, da sociedade que vem contra. É um momento de presente.
Driely Alves: A política socioeconômica influencia no que você faz?
Nicolás Kohen: em meu caso sim. Eu creio que sempre, vivemos em uma sociedade e tudo está influenciado. Aqui no ocidente vivemos em uma grande velocidade e com a loucura de muita gente indo rápido de mais. Em Buenos Aires as pessoas andam muito rápidas querem ter mais e ir correndo. Creio que por um lado o que é a sociedade influencia, não? Há pessoas que inclusive tem aulas de clown para entrar em outro lugar e isso o pode levar. No trabalho cênico creio que a política socioeconômica, educativa e cultural sempre tem a ver de acordo com o tipo de governo que esteja, se a aposta é mais para o desenvolvimento cultural. Creio que agora está se apostando bastante no cultural. Nunca é o suficiente, mas bem, são maneiras de adiantar. Tem vezes que é difícil, não? Há pessoas que inclusive tem aulas de clown para em seguida entrar em outro lugar e isso o pode levar. No trabalho cênico me parece que a política socioeconômica, educativa e cultural sempre tem a ver, de acordo com o tipo de governo que esteja. Se a aposta é mais para o desenvolvimento cultural. Creio que agora esta se apostando bastante no cultural, nunca é o bastante, mas bem é uma maneira de adiantar. Tem vezes que é difícil, não? Quando colocam muitos obstáculos para abrir espaços culturais, para gerar movimento. Por vezes a sociedade freia, tem que lutar contra burocracia e coisas assim. Há alguns lugares onde você trabalha na rua e não dizem nada por que a política diz que esta tudo bem, outros lugares onde isso esta freado. Assim como um artista reflete o mundo que o ródia eu acho que você não esta livre da política social e econômica e da realidade dos países. Acredito que certas coisas pode se rir aqui e não acaba rindo em outros lugares e vice-versa.
Driely Alves: Por que ser palhaço?
Nicolás Kohen: sou ator e pessoalmente entrei no mundo do palhaço por que estudei com a pedagogia de um mestre Frances que se chama Jacques Lecoq. Que trabalha o clown como ponto final de sua pedagogia, como ferramenta, como território muito importante para que para que transitem os atores. Um território onde o jogo esta muito presente onde a verdade e a sensibilidade esta presente onde a capacidade de ir ao delírio está muito presente onde a escuta dos atores é muito importante. É uma pedagogia que me fascinou e, além disso, me meti muito no clown, mas por que ser palhaço... Eu a nível pedagógico, como te contava. Em um nível critico há algo quando você entra no palco para fazer um clown e está presente e esquece-se de tudo. Existe essa sensação única de que move um dedo e a frente uma platéia inteira ri e depois digo que não sei muito bem o que aconteceu nem bem o que fiz, onde estava aqui fora o juízo... É como que se expande e cria uma atmosfera genial e não tem a ver com algo racional por que não é um humor que tem a ver com o discurso, com a brincadeira, com a piada e nem mesmo com as gags. É se deixar ser visto tal qual é e jogar, isso permiti que o público te ame como clown. Às vezes alguém pode ser palhaço para se aceitar e não só se aceitar, mas tomar tudo isso que aceita, como uma fortaleza é como um privilégio, não? Nesse sentido está bom ser palhaço. E depois para fazer rir os demais, para emocionar os demais e para gerar consciência. Parece-me que é uma ferramenta forte para romper, para estar presente e ai as mensagens chegam mais fortes.
Driely Alves: como é ser palhaço neste mundo louco em que vivemos?
Nicolás Kohen: é como um privilégio por que por um lado estejam todos olhando... Bom é um palhaço... De pronto, faz pouco fui ao aniversario de 90 anos do meu avô uma família convencional onde todos são universitários ou comerciantes e de pronto poder ir e como presente fazer um numero e gerar que toda sua família termine rindo em uma reunião de 200 pessoas todos com narizes postos e morrendo de rir. Há algo de descomtracturar- se, poder lutar contra alguns preconceitos, mas bem! Como tem o exercício de clown não tem te faz demasiado dano, as pessoas se aproximam. Às vezes cansa ser palhaço em um mundo... Muitas vezes os clowns são o tempo todo clowns e é um pouco cansativo, desgastante em cena. Quando esta na vida pode tomar do clown isso de estar conectado de estar sensível, de ter um olhar poético na vida. Então te leva mais a isso, a um caminho artístico e poético. Então me parece que é lindo, vai à outra velocidade, tem outras historias e a comunicação e a conexa com as pessoas sempre é muito forte e se concorda seja para bem ou para mal. Os rapazes se lembram das coisas que vamos vendo e depois gera isso... Vai pela rua, termina de trabalhar e vai tomar uma cerveja, mas esta meio de palhaço. Então é como que seguir... Em Barcelona eu vivia com pessoas que te olham menos. Nesse sentido por que poderia ser seu look por que ali cada um vai com seu look, mas aqui é diferente o olhar das pessoas de pronto dão vontade de fazer palhaçadas todo o tempo. Também serve para acalmar brigas das pessoas.
INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 24 DE AGOSTO DE 2011
Foi publicado na sexta-feira (8), no Diário Oficial da União, o edital da Bolsa Funarte para Formação em Artes Circenses 2011. O programa oferece 30 bolsas, de R$ 20 mil cada, a estudantes de todo o país. As vagas são para o Curso Básico de Artes Circenses da Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro. As inscrições estão abertas até 24 de agosto.
Serão distribuídas seis bolsas para cada uma das cinco regiões do País. Podem participar da seleção brasileiros de 18 a 25 anos (a serem completados até 26/09/2011). O curso, com duração de dez meses, começa no dia 3 de outubro. A Funarte investe um total de R$ 600 mil no programa, o dobro do valor de 2010.
O candidato deverá gravar em DVD uma demonstração de exercícios de habilidades, tais como rolamento, pirueta, equilíbrio em trave, malabares e corda, entre outros. Também deve realizar uma performance individual curta, que pode ser a leitura de um texto dramático, uma coreografia, ou um número circense, à sua escolha.A Pantalhaços III Mostra de Palhaços do Pantanal foi maravilhosa, o publico pode acompanhar Palhaços para todos os gostos, dos mais velhos na arte até os mais novos e vice-versa. Muito organizada a Mostra revelou a cidade de Campo Grande a diversidade de artistas na área circense, na palhaçaria.
Nós do Grupo Desnudos Del Nombre pudemos notar nosso próprio crescimento através do carinho do publico e dos amigos presentes na mostra, pudemos aprender com aqueles que são nossas maiores referências e com aqueles que estão iniciando nessa longa caminhada rumo ao ridículo.
Abaixo algumas fotinhas da participação dos Desnudos na Mostra.
fotos de Larissa PulchérioFiquem de olho na Programação
13/julho – quarta-feira
20h - Palhasseata com participação da Banda Municipal Maestro Ulisses Conceição
20h30 - Abertura Oficial da Pantalhaços
20h45 – Espetáculo “Rabadacabra” com Palhaço Dentinho
Sinopse: Um palhaço curioso explorando o mundo da mágica.
Duração: 45min
Elenco: Bruno Magdalena
Local: Feira Central – Esplanada da Ferrovia
14/ julho – quinta-feira
19h30 - Espetáculo “Os Corcundas” com Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas
Sinopse: Uma pantomima clownesca que conta a saga de dois corcundas errantes que apresentam a história de um amor sincero, avassalador, verdadeiro, engraçado e puro. Um espetáculo que diverte e emociona!
Duração: 50min
Dramaturgia e Direção: Breno Moroni
Elenco: Aline Duenha e Mauro Guimarães
Produção, operação de luz e som: Laila Pulchério
Figurino, maquiagem e objetos cênicos: Circo do Mato
Local: Teatro de Arena da Orla Morena
15/ julho – sexta-feira
16h - Espetáculo “El Magnífico Duelo” com Desnudos Del Nombre Sinopse: Um grande e falido empresário se depara com Madame Chumaço e Testinha, sempre em atrito, são responsáveis pela limpeza da cidade, vislumbrando como sua salvação, o empresário as contrata para fazer parte de seu “grande show” de luta. O espetáculo trás no universo clownesco uma grande busca do próprio ridículo, transformando as debilidades pessoais em força teatral.
Duração: 35 min.
Elenco: Driely Alves, Geraldo Espíndola, Renata Cáceres e Rodrigo Leite.
Local: Teatro de Arena da Orla Morena
20h - Número “Cadê?!” – Núcleo Teatral Inimaginável
20h15 - Espetáculo “Rabadacabra” com Palhaço Dentinho
Local: Teatro de Arena do Horto Florestal
16/julho - sábado
9h - Mesa Redonda: “Políticas Públicas para o Circo” com a presença de Vitor Ortiz – Secretário Executivo do Ministério da Cultura.
Local: Sede do Circo do Mato - Rua Tonico de Carvalho 263 (entre Via Morena e Av. Ernesto Geisel)
17h – Número “Amar é...” com Teatro Imaginário Maracangalha
17h10 – Homenagem ao artista Breno Moroni
17h20 Espetáculo “Sob Controle” com Flor e Espinho Teatro
Sinopse: Os Palhaços Milito e Mixiro chegam com seus materiais de cena para apresentarem o espetáculo. A partir daí começam as complicações, onde nada parece dar certo.
Duração: 40min
Montagem e atuação: Anderson Lima e Luiz Cláudio Diaschueda
Trilha Sonora: Weslei Ignácio
Operação de trilha: Katiuska Azambuja
Figurino, cenário e Produção: Flor e Espinho Teatro
Comunicação: Renata Bastos
20h – Número “O Vencedor” com Palhaço Gabinete
20h15 – Espetáculo “El Magnífico Duelo” com Desnudos Del Nombre
Local: Teatro de Arena do Horto Florestal
17/julho - domingo
13h30 – Mostra de processo de trabalho com Flor e Espinho Teatro e Circo do Mato
Local: Sede do Flor e Espinho Teatro – Rua Parapoã 276 (entre Via Morena e Shopping Norte Sul Plaza)
17h - Números: "Bem-te-vi" e "Marvada Pinga" com alunos do Ponto de Cultura CICA.
17h10 – Homenagem ao Palhaço Peninha, Carmo Martins de Araujo.
17h20 - Espetáculo “Os Corcundas” com Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas
Local: Teatro de Arena do Horto Florestal
19h45 Encerramento da Mostra
20h Número "Tá na mira!" com Palhaço Challito
20h15 Espetáculo “Sob Controle” com Flor e Espinho Teatro
Local: Teatro de Arena do Horto Florestal
Exposição de Fotos da I, II e III Pantalhaços – Fotógrafa Laila Pulchério
Local: Teatro de Arena do Horto Florestal
Toda programação é aberta ao público e gratuita!
Pantalhaços III Mostra de Palhaços do Pantanal
Realização:
Circo do Mato - Grupo de Artes Cênicas - (67) 9909-9208 e 9912-1420
Flor e Espinho Teatro - (67) 8409-9696
pantalhacos.blogspot.com
Palhaços de seis países estrangeiros e de seis estados do Brasil,apresentam espetáculos e promovem a troca de informações e experiências, na Funarte Brasília e em diversas unidades do Sesc/DF. O encontro inclui companhias e artistas estrangeiros reconhecidos da França, Chile, Argentina, Colômbia, Peru, e Uruguai e ainda vários grupos e profissionais da Paraíba, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Todos os eventos têm entrada franca. Distribuição de convites duas horas antes do início de cada evento.
No dia 6, sexta-feira, às 16h, a francesa Caroline Simonds fará uma conferência na Sala Funarte Cássia Eller. A artista foi uma pioneira do método “clown-doctor”, aplicado nos hospitais, que inspirou vários grupos. Ela falará sobre a experiência do palhaço Dr. Girafe, que representa há anos, com o grupo Le Rire Médecin (A Medicina do Riso), para levar alegria a pacientes de quase quarenta hospitais franceses.
Realização: Sesc/DF
Apoio: Fundação Nacional de Artes – Funarte